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O estudo é um dos pilares fundamentais para o sucesso de qualquer povo. É como uma fonte de inquietação: de tempos em tempos, algo parece afastar as crianças dos estudos, de seus interesses, de suas expressões artísticas mais estranhas e aguerridas — ou, às vezes, simplesmente as afasta por pura desmotivação diante da vida.
Eu mesmo ainda me lembro das noites em que a saudade de casa e o tempo livre se tornavam obstáculos, interferindo diretamente na minha trajetória acadêmica. E é por isso que sei o quanto pode ser difícil, para quem tem um sonho, manter-se firme diante de uma necessidade como o estudo. Quando olhamos para a realidade do ensino, percebemos algo antigo: o país onde uma pessoa nasce — e seu contexto socioeconômico — molda profundamente o acesso à educação.
Nós, brasileiros, vivemos em um país onde o ensino raramente é tratado como prioridade nacional. Crescemos em um sistema que valoriza mais o diploma do que o conhecimento real. Isso cria um ciclo vicioso: o ensino é precário, o conteúdo é esquecido, e a qualificação, muitas vezes, não serve para nada — exceto para alimentar a ilusão de que estudar sempre levará ao sucesso.
Durante muito tempo, pensei que essa percepção fosse apenas minha. Mas recentemente, conversando com brasileiros que estudaram fora, percebi o quanto essa experiência internacional os transformou. Eles me mostraram um novo "templo", algo que parecia inatingível para quem nunca saiu do país. A estrutura, a qualidade, e principalmente a liberdade de aprender o que se ama — tudo isso me fez questionar ainda mais a realidade brasileira.
Muitos desses brasileiros não fugiram do país por vaidade ou fuga fácil, mas sim por entender que, lá fora, há oportunidades de estudo que aqui não existem. E não falo apenas de instituições ou métodos, mas de um ambiente que valoriza a curiosidade, o pensamento crítico e a liberdade de criar.
O mercado estrangeiro é mais estruturado. Ele permite que as pessoas se especializem de verdade — e isso diminui aquele “alvoroço” de que falei no início: a sensação de desordem, de que estudar é inútil ou cansativo. Eu já não estudo mais em instituições formais, o que me dá liberdade para aprender no meu próprio ritmo. Mas preciso reconhecer que, devido à minha idade e às minhas condições, eu nunca teria aprendido o que aprendi fora, se tivesse ficado aqui.
Defender o estudo é uma batalha. E esse templo do qual falo é o da educação internacional — que nos revoluciona ao contrastar com a realidade do ensino brasileiro. É como se estudar fora fosse um reencontro com o verdadeiro valor do conhecimento, um choque com a mentalidade que nos impuseram por aqui.
Por isso, acredito que estudar fora — e viver fora — representa mais do que um passo acadêmico. É um ato de sobrevivência, de reconstrução pessoal. Porque quem consegue resistir ao que o Brasil impõe, muitas vezes encontra em outro lugar o “templo” onde pode, enfim, aprender e ser respeitado por isso.
Seja para estudar, seja para viver, seja para entender o mundo — ainda temos muito a aprender sobre o que significa ser brasileiro.