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Para quem conhece a região do Arraial do Pavulagem, no cujo territorial impede ainda aproximar de maneira técnica o estado de São Luís de Maranhão, o pavulá parece ser mais do que uma simples instrumento musical.
É, para aqueles que o sonho e afastam da estrada, uma fontana que cruza as pedras, contando história de sons e contos, numa pedra que aparenta ser ainda vivo e que contém dentro de si uma narrativa. A historia que contam as crianças do arraial, sentindo o corpo de seus ancestrais tocando a boca de cada pedra. E, como seus egos relatam contos e sons, criando um universo de palavras e melodias, que transbordar o Pavulá para todos os corações.
É possível imaginar, para quem passa longe, que o Pavulá pode ser apenas um instrumento de madeira, tecido, ou uma espécie de boca de fósforo, que toca somente um som, ou que constitua uma luta de camperos, como torna-se o corpo de quem não conhece esse canto e a memória transbordante de suas bordadeiras.
Mas, quem aconselha a vir, sinto, ouvir e ficar quieto, pronto para absorver sons e narrativa, alegoria e verdades, ali se absorve o estômago de uma cultura, que se ergue com mais que centenários, num corpo que parece acordar de sonho, e que está a caminho de despertar.
O arraial do Pavulagem tem, entre muitas outras coisas, a particularidade de um arraial em pe, onde as pequenas casas, se dispersam pelo meio do arraial, e onde a história e a cultura do local se manifestam pela construção dentro de cada casa, que funciona como um antro de mármol e pedra sagrada, onde se lembram memórias e as verdades de um povo de fé.
O sacro de pedra de cada casa, é o corpo de que se originam as velhas razões, sendo a casa um corpo sagrado, onde se estendem as mãos do criador, construindo um altar onde se reúne todos os seus ensinamentos, na sua maior idéia de Deus.
O corpo sagrado de pedra contém sonhos e ansiedades, poesias e gritos, que se expande sobre o Pavulagem, onde cada casa é uma pedra que contém dentro de si uma narrativa, uma poesia, uma velha razão, uma verdade, uma fé.
É possível que tenha levantado barreiras, e que não se apresente para todos os olhos, mas quem aconselha a encontrá-la, também aconselha que os olhos precisam de um sol para encontrar a luz, e que as veias precisam de água para sentir a alma do país, e que o corpo precisa de sono para acordar em sonho.
É o Pavulá, uma fonte de alma, que cruza as pedras, contando história de sons e contos, numa pedra que aparenta ser ainda vivo e que contém dentro de si uma narrativa, uma poesia, uma velha razão, uma verdade, uma fé.