Avanço Tecnológico em Microrreatores Nucleares no Brasil


MCTI e FINEP unem forças para desenvolvimento de tecnologias para microrreatores nucleares

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Tecnologia

O desenvolvimento tecnológico do setor nuclear no Brasil tem estado na linha de frente nos últimos anos, sempre com o objetivo de tornar os recursos nucleares mais seguros, eficientes e sustentáveis. Uma das soluções que vêm ganhando destaque é a utilização de microrreatores nucleares para a coleta e armazenamento de resíduos radioativos — uma alternativa de alto potencial para a modernização do setor.

No entanto, os microrreatores apresentam um grau de complexidade superior em relação aos reatores de grande porte já consolidados, exigindo inovação tecnológica constante para garantir segurança e maximizar o desempenho.

Atentos a essa necessidade, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) assinaram, em dezembro de 2023, um contrato-projeto voltado ao desenvolvimento de tecnologias específicas para microrreatores nucleares. O foco do projeto é valorizar os aspectos legais, técnicos e operacionais, atendendo a normativas nacionais e internacionais relacionadas à qualidade, segurança e eficiência no uso de recursos nucleares.

O contrato, com aporte de US$ 1,3 milhão, tem como objetivos principais:

  • Identificar lacunas tecnológicas no setor;

  • Capacitar profissionais altamente qualificados;

  • Estimular soluções inovadoras para os desafios dos microrreatores.

A iniciativa reúne diversos agentes da indústria nuclear, oriundos da academia, setor público e iniciativa privada, que trabalharão em conjunto para desenvolver tecnologias aplicadas e avançadas.

Entre as metas do projeto, destaca-se a redução do tempo de armazenamento e residência dos resíduos radioativos, ampliando a flexibilidade operacional dos microrreatores. Além disso, busca-se o desenvolvimento de soluções para identificação e rastreamento em tempo real de resíduos, otimizando o processo de coleta e reduzindo os riscos operacionais.

Com o envolvimento de especialistas e instituições estratégicas, o MCTI e a FINEP pretendem integrar essa iniciativa ao Plano Nacional de Resíduos Radioativos, além de contribuir para a formação de mão de obra qualificada e o fortalecimento do setor nuclear brasileiro — fomentando, assim, o desenvolvimento socioeconômico local e nacional.